sábado, 7 de junho de 2008

Era uma vez um certo menino que achava que jamais alguma interferencia alheia iria te abalar, nada, nenhuma calunia ou defamação já interferiu no seu humor, se julgava uma verdadeira muralha aos ataques alheios. O senhor da capacidade de não comoção.
Claro, óbvio e evidente que outras coisas o abalavam, mas dificilmente algo que alguem dizia sobre ele deixava o cabisbaixo ou mudava seu humor.
Um tolo, talvez por nunca ter vivido, ou por nunca ter aceitado. Mas dessa vez foi mais forte, muito mais forte.
Um simples elogio que a ele foi feito, o derrubou muito mais do que qualquer calunia. E ele se desabou, ficou vermelho, pela primeira vez descobriu que não era tão forte assim. Perdeu a fala e a razão. Se exaltou, pois foi atingido por palavras alheias. Na verdade não soube o que fazer, e o que vai fazer a partir de agora que descobriu ser vulnerável.
Descobriu uma coisa que outros já sabiam a muito tempo, como o próprio Sigmund Freud disse, "Podemos nos defender de um ataque, mas somos completamente indefesos a um elogio."
O que mudou na vida desse menino ao descobrir isso? Vai saber, só o perder dos anos de sua vida dirá.